FOTO DO DIA QUE OCORREU A MEDIAÇÃO DA PROPOSTA DE AULA

FOTOS DO DIA QUE OCORREU A COMEMORAÇÃO DA PÁSCOA

A SALA DE AULA

COMO A PROFESSORA MALUQUINHA TRABALHA A DIVERSIDADE EM SALA DE AULA ( OBRA DE ZIRALDO)

A diversidade certamente comporta tratamentos diferenciados, o que implica em processos educacionais que levem em conta tais diferenças. Neste sentido é bom sempre lembrar o que ressalta Ziraldo, na obra “Uma professora muito maluquinha”

(...) Então, passou a ter concursos todas às semanas. Os mais estranhos juntos com os mais normais, a melhor redação, a voz mais grossa, o melhor desenhista (...). Só agora percebemos que, primeiro, ela descobriria uma qualidade destacável de um de nós e ai, então, inventava o concurso seguido de quem seria o vencedor no fim do ano, todo mundo tinha ganhado uma medalha. (ZIRALDO, 1995, p. 82-83)

É percebível que a atividade proposta pela professora maluquinha, contemplar as diferenças na sala de aula. O planejamento do concurso almeja essa diversidade.

EDUCAÇÃO INFANTIL

Educação Infantil

Segundo Jorge Hermida do ponto de vista histórico, a educação infantil tem conquistado significativos espaços na Constituição Federal de 1988, e no Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei nº 8.069), de 1990, a Lei de Diretrizes e Bares da Educação Nacional (LDBEN), (Lei nº 3.394, de 1996) determina, no artigo 4º IV, do Título III (do Direito à Educação e do Dever de Educar).

A partir da aprovação de Diretrizes e Bases da Educação Nacional em 1996, a Educação Infantil passa a ser definida como a primeira etapa da Educação Básica.

Art. 29 A educação infantil, primeira etapa da educação básica, tem com finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seis anos de idade, em seus aspectos físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade.

Art. 30 A educação infantil será oferecida em: I – creches ou entidades equivalentes, para crianças de até três anos de idade; II – pré – escolas para crianças de quatro a seis anos de idade.

Art. 31 Na educação infantil a avaliação far – se – á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.

Atendendo as determinações da LDBEN, em 1998, foi elaborado o Referencial Curricular Nacional para Educação Infantil (RCNEI).

O Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil é um conjunto de reflexões, cujo objetivo é servir de subsídio para construção das propostas Curriculares, mas que não deve ser entendido como um manual a ser seguido.

Os seus três volumes procuram referenciar as atividades educacionais desenvolvidas em creches, entidades equivalentes e pré-escolas, se integram à série de entidades equivalentes e pré-escolas.

O referencial possui um caráter instrumental e didático, cabendo aos professores na sua prática educativa a construção de conhecimentos de maneira integrada e global.

Segundo os RCNEI a concepção de criança é uma noção historicamente construída e consequentemente vem modificando ao longo dos tempos, não se apresentando de forma homogênea nas sociedades e época. Assim relata que:

A criança como todo ser humano, é um sujeito social e histórico e faz parte de uma organização familiar que está inserida em uma sociedade, com uma determinada cultura, em um determinado momento histórico. É profundamente marcada pelo meio social em que se desenvolve, mas também o marca. A criança tem na família, biológica ou não, um ponto de referência fundamental, apesar da multiplicidade de interações sociais que estabelece com outras instituições sociais. ( RCNEI, volume I, 1998, p.20)

O volume I do RCNEI também fundamenta concepção de educação:

Educar significa, portanto, propiciar situações de cuidados, brincadeiras e aprendizagens orientadas de forma integrada e que possam contribuir para o desenvolvimento das capacidades infantis de relação interpessoal, de ser e estar com os outros em uma atitude básica de aceitação, respeito e confiança, e o acesso, pelas crianças, aos conhecimentos mais amplos da realidade social e cultural. Neste processo, a educação poderá auxiliar o desenvolvimento das capacidades de apropriação e conhecimento das potencialidades corporais, afetivas, emocionais, estéticas e éticas, na perspectiva de contribuir para a formação de crianças felizes e saudáveis. ((RCNEI, volume I, 1998, p. 23)

As concepções citadas relatam o que se espera da Educação infantil no contexto que se encontra as crianças na sociedade.

Portanto a última lei aprovada pelo congresso nacional que visa sobre o direito à educação infantil é a lei 11.274, de 06 de Fevereiro de 20006, que dispõe sobre a duração de nove anos para o Ensino Fundamental, com matrícula obrigatória a partir dos seis anos de idade. Com o intuito de orientar as ações dos professores no processo de mudança, o departamento de Políticas Educacionais, da Secretaria de Educação Básica do Ministério da Educação – DPE/SEB/MEC, elaborou, no ano de, um documento intitulado “Ensino Fundamental de nove anos: orientações para a inclusão de seis anos de idade.”

O documento tem como posposto assegurar a todas as crianças um tempo mais longas de convívio escolar, maiores oportunidades de aprender e, com isso, uma aprendizagem com qualidade.

4.4 A docência e o professor da educação infantil

A docência incide em ação educativa e processo pedagógico metódico e intencional, construído em relações sociais, étnico-raciais e produtivas, as quais influenciam conceitos, princípios e objetivos da Pedagogia, desenvolvendo-se na articulação entre conhecimentos científicos e culturais, valores éticos e estéticos inerentes a processos de aprendizagem, de socialização e de construção do conhecimento, no âmbito do diálogo entre diferentes visões de mundo. Assim “(...) a docência constitui um campo específico de intervenção profissional na prática social não é qualquer um que pode ser professor” (LIBÂNEO, 2004)

As atividades dos docentes também envolvem participação na organização e gestão de sistemas e instituições de ensino, englobando: planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de tarefas próprias do setor da Educação; planejamento, execução, coordenação, acompanhamento e avaliação de projetos e experiências educativas não-escolares; produção e difusão do conhecimento científico-tecnológico do campo educacional, em contextos escolares e não-escolares.

O professor é um profissional cuja atividade é o ensino. Sua formação inicial visa a propiciar os conhecimentos, as habilidades e as atividades requeridas para levar adiante o processo de ensino e aprendizagem nas escolas.

O professor-profissional da Educação Infantil é profissional monodocente e deve exercer sua prática de forma positivamente, ou seja, ele (a) atua geralmente sozinho nessa classe ao mesmo tempo em que deve trabalhar a criança de forma integral, desenvolvendo atividades que atendam as suas múltiplas linguagem: a música, as artes visuais, linguagem oral e escrita etc.

Segundo as autoras Heloisa Santos e Márcia Martins “ Os profissionais da Educação Infantil para atuarem de modo competente na condução das propostas pedagógicas, cumprindo as funções de cuidar e educar, precisam desenvolver habilidades técnicas e competência polivalente. Ser polivalente significa que ao educador cabe trabalhar com conteúdos de natureza diversas, que abrangem desde cuidados básicos até o conhecimento específicos, provenientes das diversas áreas do conhecimento (SANTOS E MARTINS, 2007, p.287).

Para definir o professor de Educação Infantil, as autoras apresenta o perfil que deverá caracterizá-lo: um profissional de competência polivalente.

ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DAS OBSERVAÇÕES

A primeira etapa da observação foi a de conhecer alguma das pessoas responsáveis pela escola como diretora, vice-diretoras e a coordenadora, e conhecer também um pouco da estrutura física da escola, pois a mesma funciona em espaço dentro do Convento Santa Ângela das Mercês, o espaço deixa muito a desejar para o que seria uma estrutura adequada segundo os Parâmetros de Infra – Estrutura para Instituições de Educação infantil a edificação e as reformas devem buscar: conforto térmico, visual acústico, qualidade do ar e qualidade sanitária dos ambientes, ter ambientes inclusivos e áreas de recreação. Infelizmente no ambiente da Escola Municipal Santa Ângela das Mercês no segundo andar onde funciona a Educação Infantil não apresenta muita ventilação nas salas de aulas, os banheiros são pequenos e maus estruturados para atender a crianças. A escada de acesso à escola não apresenta a menor segurança, pois os degraus são estreitos e em formato de uma curva, e o corrimão que também é um item de segurança deixa muito a desejar por conta do seu formato. É possível observar alguns detalhes nas fotos do anexo A.

Ver anexo – A.

Com relação à dinâmica da sala de aula, acompanhei uma turma do grupo cinco com um total de 16 alunos, tendo como professora regente Cicília de Fátima dos Santos que é formada em Licenciatura em Pedagogia e uma especialização em Educação e Tecnologia, da aula nos turnos matutino e vespertino em escolas diferentes, utiliza plano e durante o período de observação pude constatar que ela é uma professora muito organizada, dedicada e gosta do que faz e o faz muito bem perante a algumas dificuldades encontradas para conseguir ministra as sua aulas tais como a falta de alguns materiais e o difícil acesso à possibilidade de xerocar material para as crianças trabalharem em sala de aula, pois a escola não adota livros voltados para a Educação Infantil referindo-me ao grupo cinco, a escola adotou um módulo pago pelos pais dos alunos, seguindo um plano anual de aulas elaborado pelas professoras do segmento e pela escola. A sala é ampla, com dois armários, uma televisão, DVD, dois quadros negro um para usar giz e outro para piloto, uma estante com alguns brinquedos, não tem ventilador.

Nesse pouco tempo que pude vivenciar a realidade da escola tive a oportunidade de ver o que as professoras fazem para conseguir levar material para essas crianças até mesmo retirar dinheiro da própria renda algo em particular para xerox, classificadores para guardar os materiais de trabalhos feitos pelas crianças e atividades para serem feitas em casa.

Por essa breve descrição de alguns atos dessa professora já se é possível ter levantado um pouco a respeito do seu perfil como profissional, extremamente dedicada e gosta do que faz e o faz com prazer.

Com relação aos alunos do grupo cinco, alunos da professora Cicília de Fátima, são crianças adoráveis, mas que também apresenta dificuldades de aprendizagem devido alguns déficit de aprendizagem, problemas no ambiente familiar, entre outros, a turma é composta por dezesseis alunos e todos frequentam ativamente as aulas, em sua maioria os motivos da não frequência as aulas seria o não entendimento ou conscientização por parte dos pais ou responsáveis da importância da Educação Infantil já que essas crianças por só terem cinco anos são conduzidas a escola através de uma pessoa adulta responsáveis por elas. Há ainda o relato da professora que essa frequência diminui nos períodos de alta estação, períodos de muito calor e dias ensolarados, pois em muitos casos os pais ou responsáveis por esses meninos por não terem uma renda proveniente de um trabalho assalariado vivem através da renda propiciada por um trabalho autônomo comumente chamado de biscate, vendendo nas praias ao qual a localidade do bairro favorece dessa maneira as crianças deixam de ser levadas para a escola para acompanharem seus pais ou responsáveis na atividade de fins lucrativos.

Com relação às praticas educativas utilizadas pela professora baseia-se no RCNei com o objetivo de desenvolver nas crianças uma imagem positiva de si, para que estas atuem de forma cada vez mais independente, com confiança em suas capacidades e percepção de suas limitações, estabelecendo e ampliando cada vez mais as relações sociais, estabelecer vínculos afetivos e de trocas com os adultos, utilizar as diferentes linguagens corporal, musical, plástica, oral e escrita.

A organização e a dedicação dessa educadora é algo que com toda a certeza deve ser levado em conta, considerando ainda as adversidades encontradas no dia-a-dia da escola que por sua vez podem vir a desestimular qualquer educador a trabalhar com as limitações que podem vir a dificultar em muito o desenvolvimento de qualquer atividade.

Uma dessas adversidades é trabalhar com as diferenças de aprendizagem, pois uma sala cheia, com alunos com vários níveis de aprendizagens, heterogênea, como contemplar a diversidade, desse modo o planejamento de aula se torna essencial para contemplar as diferenças de aprendizagens em sala de aula. Uma aula diversificada, planejada, torna-se fundamental para trabalhar as diferenças.

A diversidade certamente comporta tratamentos diferenciados, o que implica em processos educacionais que levem em conta tais diferenças. Neste sentido é bom sempre lembrar o que ressalta Ziraldo, na obra “Uma professora muito maluquinha”

(...) Então, passou a ter concursos todas às semanas. Os mais estranhos juntos com os mais normais, a melhor redação, a voz mais grossa, o melhor desenhista (...). Só agora percebemos que, primeiro, ela descobriria uma qualidade destacável de um de nós e ai, então, inventava o concurso seguido de quem seria o vencedor no fim do ano, todo mundo tinha ganhado uma medalha. (ZIRALDO, 1995, p. 82-83)

É percebível que a atividade proposta pela professora maluquinha, contemplar as diferenças na sala de aula. O planejamento do concurso almeja essa diversidade.

Durante este estágio também foi possível realizar uma atividade, cujo, tema foi Semáforo do veículo, FOTOS NO ANEXO (E), com essas crianças do grupo cinco. A atividade foi realizada em consonância com o tema, meios de transportes, ministrada pela professora em sala de aula. Atende também às necessidades da escola e da nova lei que inclui o Trânsito como um dos "Temas Transversais" a ser trabalhado na Educação Infantil.

As aulas de leitura ocorrem quarta feira, porém segunda professora não esta ocorrendo, porque a professora responsável pela a sala de leitura estar fazendo tratamento médico. A professora Cecília fez uma ressalva relatando que a professora que se encontra na sala de leitura se afastou da sala de aula, pois está em tratamento de uma doença degenerativa. Me fez pensa a seguinte reflexão que foi analisada, comentada na disciplina Linguagem e Educação no 2º semestre, o descaso que as escolas têm com a biblioteca, os livros, não dão valor a esse espaço tão importante para a formação do estudante. O descaso e tão grande que a professora se afasta da sala de aula para tratamento, mas “servi” para ficar na sala de leitura.

A Biblioteca é um espaço onde os alunos têm acesso às diversas informações, ao qual possibilita que os mesmos não vejam o professor como única fonte do saber ou conhecimento, contudo esse espaço não pode ser negado aos alunos.

Durante as observações senti falta da leitura em sala de aula, durante as (18) aulas que assiste só uma vez a professora realizou junto com eles a leitura. Na sala tem uma pequena estante com alguns livros e percebi que alguns abrem os livros e olham com curiosidade. “Leitura diária feita pelo (a) professor (a). Momento em que se lê para as crianças. É momento de o leitor experiente ajudar a ampliar o repertório dos leitores iniciantes. É possível, por exemplo, ler uma história longa em capítulos (...), mas também se podem ler histórias curtas, como fábulas, crônicas etc. ou ler poemas (...). É possível ler ainda o quadro de um pintor, suas formas, cores, linhas”. (BRASIL, Orientações para o ensino fundamental de nove anos, 2006, p. 113).

A criança aprende-se a ler vendo outras pessoas lerem, prestando atenção às leituras que elas fazem para si, tentando ler, experimentando a cultura e ensinando. Isto é estimulo é essencial para formar bons leitores, principalmente na Educação Infantil.

Cronograma das visitas

DATA

ENTRADA

SAÍDA

CH

ATIVIDADE

01/04/11

13:30 h




05/04/11

13:00 h

17:00 h

04

Caracterização da sala de aula

07/04/11

13:00 h

17:00 h

04

Caracterização da sala de aula

12/04/11

13:00 h

17:00 h

04

Perfil educacional, profissional, econômico, social, cultural dos professores.

14/04/11

13:00 h

17:00 h

04

Perfil educacional, profissional, econômico, social, cultural dos professores.

19/04/11

13:00 h

17:00 h

04

Perfil educacional, profissional, econômico, social, cultural dos alunos.

20/04/11

13:00 h

17:00 h

04

Perfil educacional, profissional, econômico, social, cultural dos alunos.

26/04/11

13:00 h

17:00 h

04

Produções já realizadas pela turma

28/04/11

13:00 h

17:00 h

04

Produções já realizadas pela turma

03/05/11

13:00 h

17:00 h

04

Planejamento do curso e da unidade de curso

05/05/11

13:00 h

17:00 h

04

Desenvolvimento das atividades, problemas e soluções.

10/05/11

13:00 h

17:00 h

04

Avaliação da aprendizagem dos alunos

17/05/11

13:00 h

17:00 h

04

Avaliação do trabalho docente e avaliação institucional

31/05/11

13:00 h

17:00 h

04

Atividades extracurriculares, projetos.

02/06/11

13:00 h

17:00 h

04

Materiais didáticos, tecnologias e técnicas de ensino- produção, aplicação pelo professor, resultados.

07/06/11

13:00 h

17:00 h

04

Parâmetros curriculares em sala de aula

09/06/11

13:00 h

17:00 h

04

Oficinas pedagógicas com alunos – planejamento, desenvolvimento e avaliação.

14/06/11

ENCERRAMENTO


TOTAL

60